Como aprendemos a sobreviver?
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A vida pode ser encarada como uma grande espiral de começos e recomeços, com movimentos circulares que interligam um ciclo diferente do outro. Algo começa e algo termina o tempo inteiro e, ao avançar por cada um desses momentos, aprendemos a ressignificar o que passou: a vida é feita de constantes, e às vezes dolorosas e necessárias, ressignificações.
R e s s i g n i f i c a r. Essa ação não é apenas uma resposta para avançar na linha do tempo em direção ao fim da vida, mas para nos mantermos vivos e suportarmos as nossas dores causadas pelos desafios que inevitavelmente surgem ao longo de nossa jornada.
O que você precisou ressignificar para não sofrer? Você tem ideia do quanto já fez para chegar até aqui? E se você pudesse olhar a sua vida como uma linha do tempo, conseguiria enxergar o quão os períodos passados ganharam novos significados, e possivelmente ganharão outros mais daqui em diante? Quantas dores foram estancadas desde que começou a ressignificar o que viveu ou não viveu?
A infância parece um retrato, a juventude uma janela de um trem em movimento. A vida é o passageiro forasteiro que precisa de força para cada novo recomeço, em meio a essas paradas do trem em movimento. O que você precisou ressignificar para a lembrança não ser pesada, para não reviver episódios passados com mágoa e angústia, pelas ações que já estão presas no tempo e não mais podem retornar para serem refeitas?
Sobre.v i v e r. O movimento segue e a ressignificação, no final das contas, nos acalenta. De tempos em tempos revisite a sua história e enxugue um pouco mais as dores e lágrimas que lhes afligem agora. Aqueça um pouco mais e ressignifique a lembrança boa perdida no entulho acumulado pelo tempo. Talvez isso tudo nos ajude a ver e ter mais beleza na vida. É assim que sobrevivemos e encontramos sentidos para existir e resistir.
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