O que procuras?

| foto: pixabay

Somos bichos estranhos, ou talvez perdidos na própria complexidade do que é viver nesse mundo bidimensional. A gente procura, procura, quer, implora, se ajoelha aos céus todas as noites e quando achamos alguém, começamos a procurar defeitos até matar o que havia de bom no início. Até matar àquela conexão que uniu e levaria a edificação de outros sentimentos e quiçá um relacionamento saudável.

Qual sentido disso? O que procuras no outro e para si? A busca e os pedidos aos céus não eram por alguém que fizesse bem, para então construir mais amor? Construir uma relação feliz? Se a busca caminha em um lado oposto então talvez ela esteja sendo orientada pelo desejo de envolvimento com alguém perfeito (já que são os defeitos vem ceifando logo no início) ou de um espelho que só reflita o narcisismo e àquilo que se está acostumado: o próprio eu em sua face mais crua e dura do egoísmo. A forma que procuramos e descartamos o que encontramos diz muito sobre nós mesmos. O que procuras sentir?

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