A espera
A espera tudo devora
O vazio rapidamente se incorpora ao ser
Os sonhos motivadores de tudo agora aprisionam
Ele desejou partir, recomeçar, reencontrar-se
Desejou não viver mais aprisionado
Mas ele ainda reconhece o que é poder de escolha?
A sua autodefesa já está tão violada, ultrajada
Porque se salvou inúmeras vezes do abismo da solidão, refém da ilusão
De todos os males que passou, a espera é a menos opressora
Porém, a espera arde na carne e espírito quando se prolonga
Porque é uma prisão que cutuca os sonhos que querem adormecer
E os sonhos são sempre algo difícil de deixar partir