Etta
| foto: oticacotidiana |
O quarto ainda estava tomado pela penumbra, quando Etta abriu os olhos e percebeu despertar de mais uma noite sem sonhos. No automático, virou-se à esquerda e, na mesinha de cabeceira, pegou o telefone para conferir a hora. Era cedo, mas, ao mesmo tempo, já era tarde: o lado esquerdo da sua cama de casal estava vazio, ainda com as marcas frescas de um corpo ausente. Observou seu rosto refletido na tela escura e notou linhas e sombras que pareciam estar ali há mais tempo do que ela se lembrava. Sentiu-se estranha, incomodada e inconformada com a própria aparência.
Anestesiada pelo tédio, Etta sentou-se na cama, os olhos vagando pelo quarto repleto de móveis em tons amadeirados, livros e roupas deixadas ao acaso. Em meio ao amontoado de objetos do espaço, retirou ao lado de sua cama pantufas de cetim que estavam em cima do tapete grego que decorava o entorno de sua cama. Levantou-se, o dia de certo precisava se iniciar.
Ao afastar as cortinas que cobriam o quarto em um véu opressor, Etta observou que a luz artificial se misturou com a luz do dia. Em contato, se anulavam. A força da segunda fazia a da primeira parecer inútil. Constatou. Por um breve instante, teve a impressão de que as sombras se moviam e seu olhar parecia turvo o suficiente para distorcer o que estava diante de si. "Preciso de mais um remédio para ansiedade", pensou.
Ao arrastar o corpo para desligar a luz, algo chamou sua atenção na parede recém-pintada, perto da cama: pequenas trepadeiras e um círculo de limo, um detalhe que parecia espreitar, estranhamente deslocado naquele cenário planejado. "Umidade", ela pensou, tentando afastar o incômodo. Deveria cuidar disso depois. Espontaneamente, vestiu um roupão branco e sentou-se à mesa da varanda, olhando para o horizonte como se esperasse que algo surgisse para tornar seu dia, um dia extraordinário. "Onde se meteu a empregada? Está um silêncio aqui", refletia. Pouco depois lembrou-se que dera folga à empregada. "Boa patroa", repetiu para si mesma, mas sentiu um leve desgosto. Parecia algo incompleto, fora de lugar.
Caminhando pela casa, Etta soltou alguns bocejos enquanto caminhava pelo chão de granito de seu lar. “Como é bom ser rica, minha rotina é tão boa que causa inveja”, refletia. Estava sem fome, mas a necessidade de preencher a rotina a fez cortar o pão em três pedaços. Encheu a mesa com uma jarra de café, leite e suco, embora soubesse que não tocaria em metade. Atendeu ligações, mas sua voz soava distante. "De quem é essa voz? Meus ouvidos estão meio abafados".
Após o café pouco experimentado, tomou um banho e vestiu um vestido violeta no corpo esguio. Soltou os cabelos longos e pretos. Passou o pente encarando o todo do corpo e rosto, evitara focar nos detalhes por temer encontrar defeitos no próprio corpo. Algo em seu reflexo parecia hesitar, como se uma sombra oculta emergisse da profundidade. “Pouco importa, ninguém é como eu”, assimilou. Ela notou que a blusa florida no closet já estava lavada e pronta para vestir, mas desistiu de usá-la, o roxo hoje parecia mais adequado. Maquiou-se como de costume e sorriu para o espelho. Hoje haveria de ser um dia especial. Merecia uma produção a caráter, imaginou. Sempre imaginava. Era isso que ela fazia questão de demonstrar.
Seus olhos faziam uma leitura completa do seu corpo e rosto diante do espelho que era maior do que ela. Aproveitou o momento e tirou algumas fotos banais com o seu telefone. Fazia caras e bocas, demonstrando felicidade e espontaneidade. Etta adorava se exibir para os seus amigos e seguidores.
Duas camisas vermelhas e uma bermuda florida de seu marido estavam jogadas na cama. Aquela presença inquietante lhe trouxe uma vaga sensação de desordem. Tentou reorganizar as peças, dobrando-as em formatos de cilindro, mas algo, talvez uma inquietação sutil, a fez sair do quarto às pressas, mesmo sem pressa de fato. De certo procurava um meio de aquecer o próprio corpo, de lembrar e se importar de ter uma rotina.
Poc, poc, poc. Os saltos ecoavam pelo piso, o som reverberava enquanto entrava na garagem e ligava o carro. Saiu sem cumprimentar a portaria, num completo silêncio rotineiro. Durante todo caminho, não se ouviu um único som. Até os seus pensamentos se aquietaram em meio ao ínicio de um dia no mundo fora de casa.
Ao cruzar a rua da floricultura Dalton D.TH, cumprimentou o dono, Sr. Dalton, e conversaram rapidamente sobre a banalidade da própria vida e existência. No fim, o próprio local serviu de assunto para a conversa:
– De qual flor a Sra. mais gosta? – perguntou Dalton, com curiosidade e apreço.
– Não sei, nunca sei... – parou por alguns instantes e suspirou, encarando qualquer coisa. – Acho que gosto daquelas! – Etta apontou para as flores Zinnia.
– Não posso diferenciar as flores, mas posso sentir o cheiro de todas elas.
Etta o encarou e sorriu falsamente. Desejou um bom dia se despedindo. Dalton inesperadamente entregou-lhe duas de suas flores preferidas, lhe gerando surpresa.
Agradeceu e seguiu.
Mais à frente, parou o carro próximo ao bosque. Novamente o encarou o rosto na tela do celular para ver as horas, seguido de uma varredura no corpo inteiro pelo retrovisor do carro parado. Viu seu rosto e um pedaço da estrada, como um bolo único e coberto por uma película de poeira. Etta tremeu ao o mosaico que o seu rosto fazia parte parecer acinzentado. Perturbou-se e decidiu ir caminhando para o trabalho. Deixou na esquina, próxima à floricultura, o carro automático e recém-ganhado do marido. Fazia esforços para equilibrar-se em salto-alto, no chão negro e quente coberto de asfalto e concreto. Nas mãos finas e pequenas, uma bolsa média, onde colocava tudo que lhe parecia útil.
Para ganhar tempo, seguiu em direção ao bosque, onde as folhas pareciam secas e os seus sapatos salto-alto estralavam o que estava morto forrando o chão. Sentia um leve orgasmo no estralo. Poc troc, poc troc, poc troc. Era uma das poucas sinfonias que lhe dava prazer e desenhava o riso no rosto inexpressivo. No caminho, encarou um rapaz, num banco de madeira crua. O homem respondeu o olhar. Ao ver a flor nas mãos de Etta, lhe ofereceu outra, um Girassol, mas esta parecia murcha. "Se as flores murcham, será que eu também estou murchando por dentro? Será que é por isso que ele me deu elas?" Ainda assim, decidiu aceitar a flor, mas bebia de um sentimento de superioridade ao rapaz.
Etta voltou a pisar nas folhas secas com mais força e vitalidade. Poc troc, poc troc, poc troc. Vitória. Ao fundo, em meio aos sons naturais do bosque, ouviu o choro de uma garota se misturar com a de um recém-nascido. Dois jovens namorados brincavam de cabra-cega e seus olhos estavam vedados por um pano laranja. Um procurava o outro no meio das folhas secas. Pareciam múmias e zumbis sorridentes, a forma como sorria gerava desconforto em Etta. Troc, troc, troc. Guiavam-se pelo sinal do que estava morto no chão. Ouviu também sons abafados de conversas livres, informais e públicas. Tudo e todos lhe pareciam inferiores.
Seus olhos avistaram uma Oliveira, única coisa que parecia viva no bosque de árvores esguias, como o seu corpo. Ao lado, uma mulher velha – com rugas e marcas no rosto e corpo – a encarou sem sorrir. Etta observou as linhas do rosto da velha e assustou-se com os desvios marcados pelo tempo. Pensou se um dia ficaria assim, mas decidiu não se aprofundar, porque o seu telefone novamente havia lhe lembrado do dia ainda não iniciado para o mundo. Ao se assustar com a impressão de aproximação da velha, esbarrou-se numa criança, que trazia uma caixa de jabuticabas. O bosque estava num lugar de grande circulação. Deixou o telefone cair, que, com a queda, a tela rachou. Apática, encarou-se novamente e viu seu rosto jovem, aceitável e desejável, deformado pelas rachaduras. Suou frio e a maquiagem do rosto começara a desmanchar. Desesperou-se. Sentiu medo da sua aparência e mais uma vez, andou rápido. Pisou nas jabuticabas sem perceber – por isso nem pediu desculpas, mas se tivesse percebido é provável que não pedisse – para chegar logo ao trabalho. Poc troc, poc troc.
Na torre onde trabalha, passou por funcionários da empresa, mas não os saudou. A tensão no ambiente profissional lhe parecia amorfa, como tudo que seus olhos ousavam encarar. Foi direto ao elevador e lá viu o seu corpo e rosto em quatro direções. Fixou-se em uma e ajeitou os cabelos escuros e esticou o vestido violeta até os joelhos. Da bolsa retirou um batom e preencheu os lábios grandes e bem delineados, com o tom harmônico exigido pelo vestido. Abandonou as flores que segurava no chão do elevador, antes das portas abrirem e mais pessoas entrassem para recriminar o ato. No topo, entrou no setor de trabalho e limpou as solas dos sapatos no tapete com a marca da companhia. Poc, poc, poc. Seu caminhar quebrava o silêncio do ambiente, mas passava despercebido. Sentou-se em sua mesa e notou flores sem um único cartão. Olhou para os lados e ninguém demonstrou interesse no presente.
Seu rosto refletiu embaçado no monitor preto, enquanto organizava a própria mesa, retirando os cartões de crédito preto e prata, bloquinhos e fotos. Viu no mural da sala, retratos de suas viagens muito bem acompanhadas, o marido que causava inveja por ser belo e bom, cerimônias de premiações, rostos felizes, crianças – que talvez fossem os seus filhos – e os seus pais. Os certificados de cursos e prêmios conquistados, presos na parede, a fazia sentar-se com mais vitalidade na cadeira acolchoada de couro. No meio do dia, depois de uma manhã em que levantou e falou pouco, parou para almoçar sozinha. Comeu um pedaço de torta de cereja na sobremesa.
No final do dia, a luz natural começava a diminuir, enquanto, do outro lado, uma luz azul e branca invadia parte da sala. O claro trazendo o escuro e o claro vendo-se escuro. O claro fora anulado. Deixou tudo na mesa como estava, inclusive as flores recebidas. Dobrou um papel e escreveu algo nele. Retirou da gaveta da mesa um envelope e escreveu o número 30. Colocou nele a mensagem e o selou com os lábios joviais e vivos. Pôs ao lado das flores e saiu da sala. Despediu-se da equipe com duas ou três palavras e seguiu por um longo corredor até o elevador. Encarou-se em quatro direções novamente e ajustou os cabelos, agora mais armados, para frente e pros lados seguidas vezes. Viu as horas pelo telefone com a tela rachada. Fatigou-se. Tanto faz se é cedo ou tarde, segunda ou sexta. O tempo parecia-lhe sempre o mesmo: inútil. Seu desejo era o futuro, que sempre esperou chegar, e as representações mantidas do presente e passado.
No caminho de volta para casa, notou o movimento da rua. Mas as pessoas faziam questão de ignorar umas às outras. São monossilábicos, quando se alimentam da impressão da companhia imprevista. O imprevisto é o pior inimigo dos presentes, sacode todos os sentimentos e traz à tona a própria instabilidade ignorada. Etta resolve evitar o bosque e passa numa via movimentada, usada nos finais de semana para caminhar e manter o corpo nos padrões. Sons de carros tomam conta do ambiente. Próximo à floricultura, esbarra no carro, no mesmo lugar, e lembra-se da obrigação de guardá-lo em casa.
Na garagem de casa, estacionou. Retirou do banco do carona uma sacola, com objetos comprados no dia anterior. Os tomates pareciam murchos, por causa da quentura, assim como a alface e vegetais. Ao fechar a porta do carro e cruzar a da sala de casa, buscou qualquer indício de família e companhia. Chamou o marido pelo nome, o marido invejado pelos outros, aquele que deixou marcas no colchão pela manhã logo cedo. Chamou as crianças louras, que já faziam comerciais de TV. Mas tudo que encontrou foi à escuridão da noite recém-chegada, preenchendo o espaço e desnorteando a percepção do caminho da própria voz.
Acendeu a luz. Caminhou em direção à cozinha e deixou os sacos de compras ali. Do corredor retangular de piso granito, com três portas fechadas de cada lado, sentiu um odor forte e dirigiu-se ao seu quarto de casal. Tirou os saltos e seus pés sentiram o chão gelado da pedra cara. Arrepiou-se. No quarto, acendeu a luz. A luz externa pareceu inútil, diante da artificial. Próximo ao canto da cama percebeu que as plantas trepadeiras estavam maiores e havia mais círculos de limo. Reforçou a ideia de pagar alguém. Lembrou-se da manhã e noite sem sonho que tornaria a ter. Correu pela memória os fatos do dia. O odor de tudo era muito forte, quando seus olhos a lembrou de encarar a própria cama. Viu que ela estava arrumada de forma impecável, com um lençol branco alvíssimo, preenchida de flores de várias cores.
Seus olhos avistaram uma Oliveira, única coisa que parecia viva no bosque de árvores esguias, como o seu corpo. Ao lado, uma mulher velha – com rugas e marcas no rosto e corpo – a encarou sem sorrir. Etta observou as linhas do rosto da velha e assustou-se com os desvios marcados pelo tempo. Pensou se um dia ficaria assim, mas decidiu não se aprofundar, porque o seu telefone novamente havia lhe lembrado do dia ainda não iniciado para o mundo. Ao se assustar com a impressão de aproximação da velha, esbarrou-se numa criança, que trazia uma caixa de jabuticabas. O bosque estava num lugar de grande circulação. Deixou o telefone cair, que, com a queda, a tela rachou. Apática, encarou-se novamente e viu seu rosto jovem, aceitável e desejável, deformado pelas rachaduras. Suou frio e a maquiagem do rosto começara a desmanchar. Desesperou-se. Sentiu medo da sua aparência e mais uma vez, andou rápido. Pisou nas jabuticabas sem perceber – por isso nem pediu desculpas, mas se tivesse percebido é provável que não pedisse – para chegar logo ao trabalho. Poc troc, poc troc.
Na torre onde trabalha, passou por funcionários da empresa, mas não os saudou. A tensão no ambiente profissional lhe parecia amorfa, como tudo que seus olhos ousavam encarar. Foi direto ao elevador e lá viu o seu corpo e rosto em quatro direções. Fixou-se em uma e ajeitou os cabelos escuros e esticou o vestido violeta até os joelhos. Da bolsa retirou um batom e preencheu os lábios grandes e bem delineados, com o tom harmônico exigido pelo vestido. Abandonou as flores que segurava no chão do elevador, antes das portas abrirem e mais pessoas entrassem para recriminar o ato. No topo, entrou no setor de trabalho e limpou as solas dos sapatos no tapete com a marca da companhia. Poc, poc, poc. Seu caminhar quebrava o silêncio do ambiente, mas passava despercebido. Sentou-se em sua mesa e notou flores sem um único cartão. Olhou para os lados e ninguém demonstrou interesse no presente.
Seu rosto refletiu embaçado no monitor preto, enquanto organizava a própria mesa, retirando os cartões de crédito preto e prata, bloquinhos e fotos. Viu no mural da sala, retratos de suas viagens muito bem acompanhadas, o marido que causava inveja por ser belo e bom, cerimônias de premiações, rostos felizes, crianças – que talvez fossem os seus filhos – e os seus pais. Os certificados de cursos e prêmios conquistados, presos na parede, a fazia sentar-se com mais vitalidade na cadeira acolchoada de couro. No meio do dia, depois de uma manhã em que levantou e falou pouco, parou para almoçar sozinha. Comeu um pedaço de torta de cereja na sobremesa.
No final do dia, a luz natural começava a diminuir, enquanto, do outro lado, uma luz azul e branca invadia parte da sala. O claro trazendo o escuro e o claro vendo-se escuro. O claro fora anulado. Deixou tudo na mesa como estava, inclusive as flores recebidas. Dobrou um papel e escreveu algo nele. Retirou da gaveta da mesa um envelope e escreveu o número 30. Colocou nele a mensagem e o selou com os lábios joviais e vivos. Pôs ao lado das flores e saiu da sala. Despediu-se da equipe com duas ou três palavras e seguiu por um longo corredor até o elevador. Encarou-se em quatro direções novamente e ajustou os cabelos, agora mais armados, para frente e pros lados seguidas vezes. Viu as horas pelo telefone com a tela rachada. Fatigou-se. Tanto faz se é cedo ou tarde, segunda ou sexta. O tempo parecia-lhe sempre o mesmo: inútil. Seu desejo era o futuro, que sempre esperou chegar, e as representações mantidas do presente e passado.
No caminho de volta para casa, notou o movimento da rua. Mas as pessoas faziam questão de ignorar umas às outras. São monossilábicos, quando se alimentam da impressão da companhia imprevista. O imprevisto é o pior inimigo dos presentes, sacode todos os sentimentos e traz à tona a própria instabilidade ignorada. Etta resolve evitar o bosque e passa numa via movimentada, usada nos finais de semana para caminhar e manter o corpo nos padrões. Sons de carros tomam conta do ambiente. Próximo à floricultura, esbarra no carro, no mesmo lugar, e lembra-se da obrigação de guardá-lo em casa.
Na garagem de casa, estacionou. Retirou do banco do carona uma sacola, com objetos comprados no dia anterior. Os tomates pareciam murchos, por causa da quentura, assim como a alface e vegetais. Ao fechar a porta do carro e cruzar a da sala de casa, buscou qualquer indício de família e companhia. Chamou o marido pelo nome, o marido invejado pelos outros, aquele que deixou marcas no colchão pela manhã logo cedo. Chamou as crianças louras, que já faziam comerciais de TV. Mas tudo que encontrou foi à escuridão da noite recém-chegada, preenchendo o espaço e desnorteando a percepção do caminho da própria voz.
Acendeu a luz. Caminhou em direção à cozinha e deixou os sacos de compras ali. Do corredor retangular de piso granito, com três portas fechadas de cada lado, sentiu um odor forte e dirigiu-se ao seu quarto de casal. Tirou os saltos e seus pés sentiram o chão gelado da pedra cara. Arrepiou-se. No quarto, acendeu a luz. A luz externa pareceu inútil, diante da artificial. Próximo ao canto da cama percebeu que as plantas trepadeiras estavam maiores e havia mais círculos de limo. Reforçou a ideia de pagar alguém. Lembrou-se da manhã e noite sem sonho que tornaria a ter. Correu pela memória os fatos do dia. O odor de tudo era muito forte, quando seus olhos a lembrou de encarar a própria cama. Viu que ela estava arrumada de forma impecável, com um lençol branco alvíssimo, preenchida de flores de várias cores.
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