Singularidade humana
Enquanto todos gritam por singularidade, caminhamos para padronização. As pessoas não querem que você seja singular ao pé da letra, nem totalmente. Elas querem que você seja apenas diferente. Mas essa diferença tem de seguir os padrões já estabelecidos e conhecidos, caso contrário se torna estranho demais. O estranho em excesso, quase sempre vem acompanhado do medo.
Já
notou como as pessoas tem medo de revelar a sua fórmula para o sucesso? Mestres
que não passam tudo pros aprendizes, por medo dos aprendizes se tornarem
melhores mestres e consequentemente ofuscá-los. Se você tem ciência da sua
singularidade e essência, as pessoas vão reconhecer isso. Por mais que você diga
como faz e porque faz, dando todos os passos e dicas, ainda sim não será o mesmo.
Cada um tem a própria sensibilidade e sabe o quão verdadeiro é àquilo que faz e
diz. A energia é sempre singular e pessoal. Ela está em tudo que sai de você.
Não há isso de ‘qualquer um pode fazer’,
eu diria que qualquer um pode operacionalizar
ou digamos copiar o passo a passo.
Se
você cita um autor sem o conhecer direito ou sem entender, isso não é
sensibilidade, tampouco aprendizado. Você citou porque achou conveniente, ou que as pessoas poderiam
gostar. Expectativa vazia. Você quer
apenas visibilidade -- que nossa
sociedade tanto valoriza. Em outras palavras: você não está aprendendo nada.
Evidentemente você não precisará mostrar que aprendeu alguma coisa, as pessoas
perceberão e o mais importante: você terá noção do que aprendeu.
Quando
você se acomoda e resolve não buscar mais, se engessa em uma maneira de pensar
e viver. Quantas coisas você perde pensando apenas no que convém? Precisamos
ver o mundo com os nossos olhos e dar a ele o nosso toque singular. Monótono seria se tudo fosse sempre igual,
se fala isso aos ventos, agora só falta à gente acreditar.
Desistimos
muito fácil de alcançar a nossa singularidade, nos acomodamos com àquilo que é
combustível para acomodação, ou seja, com a aceitação. Se somos aceitos de
acordo com o que querem de nós, isso tende a ser o suficiente. Quanto menos
singular nos tornarmos, mais tranquilos deixaremos as pessoas que estão a nossa
volta, desejando alcançar a sua singularidade ausente. O padrão, neste caso,
funciona como o nivelador de sentimentos, do incomodo em perceber a
singularidade alheia. Não precisa nem dizer que a singularidade é sua.
Acredite:
se você é singular no que faz, jamais existirá alguém capaz de fazer o que faz,
nem de ser o que é. Se alguém conquistar o sucesso primeiro que você, por ter
seguido fórmulas prontas, não se desespere. O sucesso é algo muito pessoal e
visibilidade é passageira. Você consegue perceber que o sucesso é verdadeiro
quando consegue manter a essência da sua singularidade na mente das pessoas para
sempre. Ser singular significa ser maior do que o próprio corpo, para, depois
de morto, continuar vivo.
# Footnotes:
Primeiro semestre
terminando junto com pendências de 2010.
Próximos dias, um
novo blog!
Continuo achando que esse tema daria uma boa música...
ResponderExcluirMt bem dito, primo.
ResponderExcluirtexto interessante e real.
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