Presente inexplicável
De tempos em tempos costumava deitar no ponto mais alto da casa em um
lugar em que pudesse ver todo o céu. As estrelas e a lua eram a minha única
companhia. O silêncio da noite, misturado ao som do ambiente, era tudo que eu
precisava ouvir. Desabafava para as estrelas e tentava roubar um pouco do seu
brilho para os meus olhos. A tarefa parecia difícil, mas se fosse fácil não seria
marcante.
Só ali poderia dizer tudo sem me preocupar com a leitura que estariam
fazendo. À noite me acalmava e ao mesmo tempo me deixava inquieto. É na noite
que sinto mais frio. É na noite ao dormir, que me lembro das coisas que achei ter
esquecido ou que desejo esquecer. Para lua não preciso fingir que tudo não esta
tão bem, para lua posso dizer absolutamente tudo. É difícil compreender os
fatos, o futuro parece tão distante. Por mais que tentemos adivinhar o que está
por vir, o presente é ainda mais inexplicável.
Sofrer por antecipação, sofrer com algo da imaginação. Racionalmente isso
parece ilógico, mas no plano emocional tudo é mais do que lógico e concreto. As
ideias parecem presas a um só fato, tudo parece comunicar. Aspectos subliminares. Expectativas ilusórias, perspectivas paradoxais.
A noite não saberia me responder, mas não busco respostas. O que é real e capaz
de aguçar nunca morre. O escuro da noite será o claro amanhã cedo. O problema
de hoje será a solução do amanhã. Por fim, o necessário é seguir e seguir, nada
pode morrer, nada pode parar.
Seu Vinny!*-*
ResponderExcluirQuanto tempo que não comento aqui...
Bom, vejo que se acostumou em escrever contos com um plano de fundo que, ao meu ver, parece em alguns aspectos real. E quanto a isso, aí vai um elogio: você tá fazendo muito bem, de uma maneira muito singular!
Adoro sua maneira de expressão através dos textos. Existem algumas figuras de linguagem que são tão subjetivas que basta que apenas nós possamos entender, e eu me identifico com isso. :)
Beijoos, sucesso sempre!