(In)justiça ou tudo que merecemos?




             É injusto pensar e querer algumas coisas. É injusto perceber que a ausência delas traz consequências tão marcantes. Em meio às lembranças e vivências recorrentes, nos perguntamos: a vida é justa?
Se você parar para pensar é provável que não consiga encontrar uma resposta sólida e definitiva, porque esta pergunta não é nada fácil de responder. Ora você achará justa, ora injusta. Prefiro dizer que temos tudo que precisamos. O que precisamos nem sempre é o que merecemos.
A vida é um constante paradoxo de aprendizado, imerso as frustrações seguidas. É praticamente utópico achar que há aprendizado nos acontecimentos de imediato. O aprendizado das subjetividades nunca é instantâneo. Não busque por respostas tão rápido assim. Aliás, o nosso defeito é ansiar pelas respostas das perguntas que nem sequer conhecemos em profundidade. Lembre-se há o tempo e há o seu tempo. São momentos completamente distintos, embora integrados. O seu tempo completa o tempo e o tempo completa o seu tempo.
O tempo vai passando, as coisas vão se encaixando. A vida é uma verdadeira montanha russa. Altos e baixos, lágrimas e sorrisos, novo e velho, vida e morte, medos e superações. É injusto encontrar contradições quando não se quer vê-las ou vivê-las. É injusto quando se encontra e vive a injustiça, nos perdemos em pensamentos utópicos. Sonhar, sonhar, sonhar. Quando um se realiza, aparecem outros. Nunca satisfeitos, sempre almejando.
Separe as injustiças da humanidade, das da vida como um todo. Há problemas tipicamente nossos e que não sabemos resolver e nem há vontade verdadeira para tal. É injusto pensar em certas coisas com tanta negatividade, porque acharemos a vida mais injusta do que ela realmente pode ser. Ela é injusta, assim como é justa. Só depende dos acontecimentos, do seu nível de vivência e maturidade, para o ‘in’ aparecer ou desaparecer do ‘justa’



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