Lembrança
Esses
dias foram realmente nostálgicos. Uma lembrança inesperada e saudosa de um
tempo e de uma vida não necessariamente real. Lembrei-me de você. Por alguns
minutos deitei um pouco e fiquei olhando para o teto. Mesmo depois de
absolutamente tudo, lembrei-me do que senti por você. Ainda que estivesse
achado e tivesse a certeza de que todos os sentimentos se evacuaram, como quem
pedia socorro, e que você não representa mais nada em minha vida, ainda sim,
lembrei.
Num
surto de nostalgia e romantismo pensei nas possibilidades, nas coisas que
poderíamos fazer. Estranhamente senti um carinho por você. Não que tudo
estivesse recomeçando, mas senti uma leve vontade de te conhecer melhor. Talvez
para sentir o seu abraço, receber um sorriso e ouvir o timbre da sua voz mais
próximo a mim. Mas nada tão forte, nada tão nas nuvens. Depois de muito ter
voado, seria entediante começar a caminhar pela mesma estrada, seguindo o mesmo
destino e sozinho.
Realmente
tentei entender o porquê desta lembrança repentina, como se fosse possível
descobrir a resposta. Mas me senti bem. Não senti tremores e aversão, apenas me
senti nostálgico. Talvez tenha aprendido a ser indiferente. Talvez você só seja
uma lembrança de um passado longínquo. A sua imagem, embora apagada, está
visível para mim, contudo, ao ver você não sinto absolutamente nada. E qualquer
movimento que faça, qualquer tempo que nos separe, apagará de vez essa tênue
lembrança.
Tudo
bem, tudo bem. Nunca estive tão bem. Foi apenas uma lembrança, como
acordar durante a noite para pensar um pouco no último sonho. Talvez sem
uma semântica clara, talvez por ver o céu nublado frente aos sentimentos.
Enfim, lembrei e descobri que àquele sentimento que achei existir, se perdeu no
meio de idas e vindas a ponto de torna-se uma poeira levada pelo vento, perdido
no mundo e fora de mim.
REPOSTADO
ResponderExcluir3 de maio de 2010 21:34
muito bom, veni.
vc reclama q eu nunca gosto de suas coisas, mas não é verdade.
gosto muito de ti, seu feio.
take care.