A chuva
Aos
poucos o céu começara a indicar que a chuva iria cair a qualquer momento.
Ninguém esperava que fosse algo muito forte e demorado. Havia muitas coisas
sujas que a água da chuva poderia ser útil ao passar e lavar. Quando a
tempestade começou e os raios preencheram o ambiente, tudo se tornou tenebroso.
A
chuva permaneceu por um tempo. Tempo suficiente para causar estragos e danos
irreversíveis. Partes que antes brilhavam, porque haviam sido regadas e
nutridas, agora brilham não por causa do processo, mas por causa do estrago.
Uma
tempestade que parecia não ter fim, ou melhor, se configurava e aparecera de
uma maneira inexplicável. Muitos tiveram medo, era tudo que poderiam ter. Era
visível que algo de estranho e fora do normal havia acontecido. Os rostos comunicavam,
as palavras eram postas para fora, mas a recepção era seca, embora tudo
estivesse vazando.
Logo
que começaram a diminuir o ritmo, as coisas davam indícios de que retornariam
ao estado de estabilidade. Quem antes se preocupava ou sofria por causa da
chuva, começara a dar os primeiros sorrisos e tudo caminhava para o aconchego e
conforto, graças ao calor vindo do que realmente faz bem.
Evidente
que ninguém conseguirá esquecer o efeito desta chuva, ela trouxe estragos
irrecuperáveis. Mas como já fora dito, também serviu para lavar e levar coisas
sujas. Por mais que para isso algo tenha brilhado com uma natureza distinta. A
única certeza e forma de encontrar o conforto seria acreditar que no fundo tudo
iria acabar bem.
O
inesperado, chocante, agonizante e cruel, poderia e deveria ser levado com esta
chuva. Havia coisas a mais, havia pontos e fatos que ninguém melhor do que os
protagonistas saberiam decifrar e quiçá compreender. A chuva era esperada, as consequências
também. Mas tudo assume um caráter diferente quando há maneiras distintas da
chuva chegar. O lado mais inocente, embora forte, costuma sofrer mais. Um
paradoxo do tempo, mas até os mais fortes são abalados.
Enfim,
as gotas estão ou irão diminuir. Logo o primeiro sorriso e as primeiras chamas
se reaquecerão e tratarão de por tudo em seu devido lugar. Direcionando-nos a
um conforto fora do normal. Quem sabe depois de toda a chuva chegarão os dias
felizes de sol.
Como
àqueles dias do verão sem tantas frustrações, alimentando-se apenas da leveza
da estação e com as mais variadas emoções. Mas as emoções em questão são as emoções
positivas a ponto de realmente fazer bem. A ponto de fazer esquecer qualquer
estrago das chuvas de lágrimas.
O tempo irá passar, mas uma coisa sei que não irá mudar: o meu desprezo por sentimentos como inveja e egoísmo, além das mentiras.
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